O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira à noite que a nova rodada do auxílio emergencial deverá ter repasses do benefício que vão variar de 150 reais a 300 e poucos reais e defendeu a ajuda paga pelo governo para atingidos pela pandemia de coronavírus.
"Auxílio emergencial é endividamento do Estado, não tem como, alguns acham que pode durar a vida toda. Não dá. Lá atrás eram quase 50 bilhões (de reais) por mês quando era 600 reais. Agora assinamos, assinamos não, fizemos um acordo se não me engano 42 bilhões de reais para mais quatro parcelas de, em média, 250 (reais)", disse, referindo-se a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está em tramitação no Congresso e que reserva, na verdade, 44 bilhões de reais para o auxílio.
"Por que média? Tem história de mãe solteira, não sei o quê, então varia, vai variar de 150 a 300 e poucos reais... É pouco? Eu preferiria ter isso aí a não ter nada", completou ele a apoiadores no Palácio da Alvorada, em transmissão feita pelas redes sociais.
Novamente, o presidente criticou medidas de restrição social adotadas por governadores e prefeitos, que têm por objetivo conter o avanço recente do contágio e das mortes por Covid-19.
"Agora, hoje em dia, com essa historinha de 'fique em casa, a economia a gente vê depois'... o cara não tem como ganhar a vida dele, vai ganhar como? Como o cara vai levar o pão para casa? É comum o pobre ter três, quatro filhos, é comum. Eu sou classe média tive cinco", disse.
Bolsonaro afirmou que prepara a apresentação de um projeto de lei para encaminhar ao Congresso Nacional a fim de definir o que seriam atividades essenciais --essas são autorizadas a funcionarem ininterruptamente durante a pandemia. Ele repetiu que essencial é toda a atividade que permite um "chefe de família levar um pão para casa".