Vazamento de lama e resíduos chega ao oceano Atlântico

22 nov 2015 - 21h38
(atualizado às 22h13)
Foto: Enrico Marcovaldi/Ag. A Tarde / Futura Press

O vazamento com cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama e resíduos minerais provocado pela ruptura de uma barragem em Minas Gerais chegou neste domingo ao oceano Atlântico, após ter poluído totalmente o rio Doce, um dos mais importantes da Região Sudeste.

A chegada ao mar na manhã deste domingo da mancha escura que vem provocando a morte de milhares de peixes desde que alcançou as águas do rio Doce há duas semanas foi confirmada por técnicos do Serviço Geológico do país através de análise de amostras de água.

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Foto: Enrico Marcovaldi/Ag. A Tarde / Futura Press

Os últimos exames demonstraram que a lama e os resíduos minerais superaram a foz do Doce e que, apesar das barreiras de contenção instaladas pela empresa responsável pela tragédia ambiental, também chegaram às praias do Espírito Santo.

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A considerada tragédia ambiental mais grave do Brasil foi causada pela ruptura no dia 5 de novembro da barragem de contenção de água e resíduos minerais de uma mina da empresa Samarco.

A enxurrada destruiu completamente o distrito de Bento Rodrigues, da cidade de Mariana; alagou outros seis povoados e uma enorme extensão de terras em Minas Gerais (sudeste do Brasil), e afetou ao rio Doce.

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Foto: Enrico Marcovaldi/Ag. A Tarde / Futura Press

Segundo o último balanço oficial, o acidente deixou pelo menos 12 mortos, quatro deles ainda sem identificar, e os corpos de resgate ainda buscam 11 desaparecidos.

Após atingir o rio Doce, o vazamento passou por vários municípios que se abastecem com suas águas e que tiveram que suspender a provisão, entre eles Colatina, uma das maiores cidades do estado do Espírito Santo.

Conheça o Rio Doce antes e depois da enxurrada de lama
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Os técnicos da Samarco abriram um canal na foz do Doce e instalaram barreiras de contenção para tentar fazer com que o vazamento se dirigisse diretamente para o mar aberto, mas as medidas não funcionaram e o material tóxico alcançou as praias dos dois lados do estuário.

A Samarco admitiu que as boias de contenção não funcionaram porque são projetadas para reter vazamentos de petróleo, mas que pelo menos conseguiram reter a parte mais grossa da lama.

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