Não é apenas São Paulo que sofre com a falta de chuva e a redução de seus reservatórios de água que abastacem a população. Na Califórnia, nos Estados Unidos, a estiagem já dura três anos e é a pior seca da história do Estado. Em janeiro deste ano, o governo declarou estado de emergência e iniciou uma serie de medidas para tentar minimizar o problema.
O governo passou a fazer campanha para que a população economize voluntariamente até 20% de água. Artistas como a cantora Lady Gaga e o comediante Conan O’Brien se engajaram na causa. Uma medida regulatória de emergência foi adotada para que fossem aplicadas multas de U$ 500 para aqueles que lavarem o carro ou a calçada com mangueira sem bico econômico, usarem irrigadores no jardim que desperdissem água, ou mantiverem fontes ou espelhos d'água ligados. A cidade de San Diego, no Estado, aumentou ainda em 50% o consumo de água de reuso (tratada).
Em São Paulo, o governo do Estado também iniciou uma campanha nos meios de comunicação para que a população economize água e aplica um desconto na conta para aqueles que reduzirem o consumo, porém se nega a decretar um racionamento oficial. Muitos moradores de bairros da capital paulista e de cidades da Grande São Paulo, no entanto, já relatam falta de água constante em determinados horários do dia e redução da pressão da água que sai das torneiras.
O Sistema Cantareira, um dos principais a abastacer a capital, está, nesta quinta-feira, com 10,7% de sua capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), uma redução de 0,1% em relação a quarta-feira.