A violência no Brasil "explodiu" com a ida do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, ao segundo turno da eleição presidencial, disse nesta quinta-feira o candidato do PT e adversário de Bolsonaro no segundo turno, Fernando Haddad.
Em entrevista ao site Metrópoles, transmitida ao vivo pelo Facebook, Haddad também afirmou que o Brasil precisa de quem sente à mesa para dialogar com as pessoas "sem revólver na cintura" e afirmou que o rival já defendeu o extermínio de adversários e a tortura.
"Nós precisamos de diálogo. Precisamos sentar à mesa com as pessoas sem revólver na cintura. É livro numa mão e carteira de trabalho na outra. É outra filosofia para a gente se entender", disse Haddad na entrevista quando indagado sobre, caso eleito, como pretendia unir o país depois de uma eleição extremamente polarizada como a atual.
"Só fato de o Bolsonaro ter passado para o segundo turno, a violência no país explodiu. É relato de morte, facada, canivetada. São eles que estão fazendo isso. Está identificado. Os autores estão identificados", acrescentou.
O petista lembrou declarações de Bolsonaro no passado em que o ex-capitão do Exército defendeu a ditadura e a tortura.
"Quem é que tem apreço por regimes autoritários? Quem defende tortura no Brasil? Não é que defende numa sala reservada, defende na televisão a tortura. Defende o extermínio de opositores. Ele falou que o problema da ditadura foi não ter matado 30 mil pessoas", disse Haddad.
"Vamos falar o português claro, porque se não as pessoas não entendem o que está em jogo. Bolsonaro defendeu extermínio de opositores. Bolsonaro defendeu tortura, inclusive de mulheres", completou.