O advogado Frederick Wassef deixou a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro que apura suspeita de que o senador se apropriou e desviou salários de funcionários de seu gabinete quando era deputado estadual no Estado, num esquema conhecido como "rachadinha", informou o parlamentar em publicação em sua conta no Twitter no domingo.
Wassef deixou a defesa de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, depois de, na semana passada, Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador, ser preso em um imóvel que pertence ao advogado em Atibaia, interior de São Paulo.
Wassef já representou o presidente da República, é próximo da família Bolsonaro e era visto com frequência no Palácio do Planalto, em Brasília.
"A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado", escreveu Flávio Bolsonaro em sua conta no Twitter no domingo.
Durante o fim de semana , tanto Flávio, que nega irregularidades e afirma que é alvo de uma perseguição que visa atingir seu pai, quanto o próprio Bolsonaro postaram mensagens nas redes sociais afirmando que a verdade será estabelecida.
No Rio, Flávio Bolsonaro é investigado, além do inquérito sobre suspeita de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Estado, também na Justiça Eleitoral por suspeitas de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, que envolvem a declaração de bens de do senador nas eleições de 2014, 2016 e 2018.
A assessoria do senador não confirmou quem vai representá-lo nos processos.