Wassef diz à Veja que havia plano para matar Queiroz e que o abrigou por questão humanitária

26 jun 2020 - 13h27

O advogado Frederick Wassef, que já atuou para o presidente Jair Bolsonaro e para seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse em entrevista à revista Veja que havia um plano para assassinar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, e que abrigou Queiroz em sua casa em Atibaia por uma questão "humanitária".

Fabrício Queiroz chega no Rio de Janeiro após sua prisão no interior de São Paulo
18/06/2020
REUTERS/Ricardo Moraes
Fabrício Queiroz chega no Rio de Janeiro após sua prisão no interior de São Paulo 18/06/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Na entrevista, publicada na nova edição da revista, Wassef afirma que o plano era assassinar Queiroz e responsabilizar a família Bolsonaro pelo crime. Ele não deu mais detalhes sobre como soube do alegado plano.

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"Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz seria assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro", disse Wassef, de acordo com a revista.

"Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro. Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima de arquivo para evitar uma delação."

Ele disse que não contou ao presidente e a Flávio que soube desse plano e disse ter tomado conhecimento de que haveria uma trama para matar Queiroz depois que permitiu que o ex-assessor ficasse em sua casa em Atibaia por uma questão "humanitária", já que Queiroz estava em um tratamento contra um câncer.

Queiroz foi preso na semana passada na casa de Wassef em Atibaia no âmbito do inquérito que investiga a suposta apropriação e desvio de salários de funcionários do gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, em um esquema conhecido como "rachadinha".

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Após a prisão de Queiroz, Wassef deixou a defesa de Flávio neste caso. O senador nega qualquer irregularidade e diz ser alvo de uma perseguição política que visa atingir seu pai.

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