Brasileira está em lista de supercentenários do mundo

Conforme Waclaw Jan Kroczek, pesquisador do GRG, a longevidade feminina supera a masculina devido a uma série de fatores biológicos, comportamentais e sociais

22 set 2024 - 21h50

Em um mundo onde a expectativa de vida vem aumentando constantemente, o fenômeno dos supercentenários, pessoas que atingem ou superam os 110 anos de vida, desperta curiosidade e admiração. Segundo o Grupo de Pesquisa de Gerontologia (GRG), atualmente há 54 supercentenários monitorados globalmente. Entre eles, somente um homem figura na lista, sendo o mais jovem do grupo.

Freira brasileira Inah Canabarro Lucas
Freira brasileira Inah Canabarro Lucas
Foto: Divulgação/LongeviQuest / Perfil Brasil

Conforme Waclaw Jan Kroczek, pesquisador do GRG, a longevidade feminina supera a masculina devido a uma série de fatores biológicos, comportamentais e sociais. As mulheres, com seus dois cromossomos X, possuem uma vantagem genética significativa, uma vez que um cromossomo pode compensar possíveis mutações prejudiciais no outro.

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Por que as mulheres vivem mais?

Existem diversas teorias que explicam por que as mulheres tendem a viver mais do que os homens. Algumas delas são baseadas em diferenças biológicas, enquanto outras consideram fatores comportamentais e sociais. Vamos explorar mais detalhadamente esses motivos.

Fatores biológicos

Segundo Mayana Zatz, coordenadora do laboratório de pesquisa no Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP, as mulheres são beneficiadas geneticamente. Como possuem dois cromossomos X, há uma espécie de "backup" genético que pode neutralizar mutações desfavoráveis.

  • Genética: A presença de dois cromossomos X.
  • Proteção hormonal: O estrogênio tem efeitos cardiovasculares protetores.
  • Resistência imunológica: Mulheres geralmente têm respostas imunológicas mais fortes.

Como o comportamento impacta na longevidade?

Os comportamentos e estilo de vida também influenciam significativamente. Os homens costumam adotar comportamentos de alto risco mais frequentemente do que as mulheres, como direção imprudente e abuso de substâncias. Esses comportamentos podem resultar em maiores taxas de acidentes e lesões fatais.

  1. Assumir riscos: Homens são mais propensos a comportamentos de alto risco.
  2. Cuidados com a saúde: Mulheres tendem a visitar médicos com mais regularidade.

Além de fatores biológicos e comportamentais, o estilo de vida e fatores sociais têm um grande impacto na longevidade. Estudos sugerem que as mulheres têm redes de apoio mais fortes e são mais propensas a procurarem ajuda em momentos de estresse, o que contribui positivamente para a longevidade.

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  • Tabagismo e consumo de álcool: Históricamente, homens têm taxas mais altas.
  • Redes de apoio: Mulheres tendem a ter redes sociais mais fortes.

Quem são os supercentenários mais conhecidos?

No topo das listas de supercentenários, figuras como Tomiko Itooka, Inah Canabarro Lucas e Elizabeth Francis se destacam, todas com mais de 115 anos. Tomiko Itooka, do Japão, lidera a lista com 116 anos, seguida pela brasileira Inah Canabarro Lucas, também com 116 anos, mas um mês mais nova.

Esses supercentenários possuem histórias de vida fascinantes. Por exemplo, Tomiko era ativa fisicamente e adorava escalar montanhas, enquanto Inah dedicou sua vida ao ensino e à vida religiosa. É interessante notar que, apesar dos diferentes estilos de vida, a genética parece ter um peso significativo na longevidade dessas pessoas.

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