Ter um animal de estimação é mais do que simplesmente ter um companheiro em casa. Para muitos, um cachorro ou um gato é parte integrante da família, exigindo cuidados e responsabilidades semelhantes às de um filho. Reconhecendo essa importância, o governo brasileiro anunciou a criação do Cadastro Nacional de Animais Domésticos, uma iniciativa que promete mudar a maneira como os tutores gerenciam a vida de seus pets.
Esta novidade surge em um momento em que a preocupação com o bem-estar animal está em alta. A partir de janeiro de 2025, o sistema começará a funcionar, oferecendo um número de identidade único e intransferível para cães e gatos. Este documento não apenas registra a identidade do animal, mas também reúne uma série de informações relevantes ao longo da vida do pet.
Como funciona o Cadastro Nacional de Animais?
O novo sistema de cadastro é acessível através da conta gov.br, exigindo dos tutores a inserção de dados pessoais e informações específicas sobre o animal, como idade, raça, histórico de doenças e vacinas. Após o cadastro, é gerada uma carteirinha contendo uma foto do pet e um QR Code, que pode ser impresso e inserido na coleira do animal.
Além de ser uma ferramenta prática para os tutores, o cadastro espera ser um recurso valioso para organizações não governamentais e municípios, que poderão auxiliar no cadastramento. A boa notícia é que todo o processo é oferecido gratuitamente, facilitando o alcance da medida a um maior número de cuidadores de animas.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o cadastro irá além da simples identificação de animais. Vanessa Negrini, diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais, salienta que o sistema oferecerá um panorama detalhado sobre a população de cães e gatos no Brasil. Informações sobre castração e localização dos animais serão vitais para desenvolver políticas públicas eficazes e direcionar investimentos para o bem-estar animal.
Microchip: recomendado, mas não obrigatório
Enquanto o uso de microchip não é obrigatório, os tutores que optarem por implantá-lo podem incluir o dispositivo no cadastro. Este pequeno chip, do tamanho de um grão de arroz, possui informações detalhadas sobre o animal e seu tutor, acessíveis através de um scanner. Embora não funcione como um rastreador, fornece um número único e inconfundível que pode ser valioso em casos de perda ou roubo do animal.
Janio Lorenzo, veterinário, esclarece que o microchip se assemelha a um chassi automotivo por sua singularidade e precisão. O custo desse dispositivo pode chegar a R$ 300, um investimento que muitos consideram justificável pela segurança que oferece.
O Senado aprovou projeto que autoriza o poder Executivo a instituir o cadastro nacional de animais domésticos. O objetivo da proposta, que segue para sanção presidencial, é concentrar em um banco de dados informações referentes aos tutores e aos animais https://t.co/sdYpPwKUUP pic.twitter.com/I8WRAxiQoI
— Senado Federal (@SenadoFederal) November 26, 2024