Uma investigação da Polícia Federal revelou que o suposto sequestro do candidato a vereador Eliomar Cardoso (PT) em Iguatu, no Ceará, foi na verdade uma falsa comunicação de crime. Iguatu é um município localizado a 389 quilômetros de Fortaleza.
O caso ganhou notoriedade na sexta-feira (30), quando o político declarou ter sido sequestrado por uma organização criminosa. Imagens divulgadas na internet mostraram Eliomar com as mãos e os pés amarrados com arame farpado, alimentando a narrativa do suposto crime.
O cenário começou a mudar logo após a abertura do inquérito. As autoridades detectaram diversas inconsistências no relato do candidato. Diante das evidências, Eliomar colaborou com a investigação e acabou confessando que simulou o próprio sequestro.
A comunicação falsa de crime é tipificada no artigo 340 do Código Penal Brasileiro. Esse artigo considera crime a denúncia falsa de uma ocorrência, mobilizando injustamente a polícia para investigar um fato inexistente. A pena para quem comete esse delito pode chegar a seis meses de detenção, podendo ser convertida em multa ou prestação de serviço comunitário.
Impacto e reação ao falso sequestro
A notícia do sequestro rapidamente se espalhou por Iguatu e pelo estado do Ceará. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais. Em comentários do vídeo, internautas se mostraram indignados com o incidente.
"Isso ai só pode ser brincadeira cara… é cada uma…", comentou um internauta. "Pessoal tá vendo muito filme", apontou outro. "A Globo tá perdendo esse ator", ironizou um terceiro.
Até o momento, a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) não se pronunciou sobre o caso.