O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, nesta segunda-feira, 10, uma ação criminal contra três policiais rodoviários federais acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos. O trio participou da abordagem que resultou na morte de Genilvado por asfixia no porta-malas de uma viatura, em maio deste ano, em Sergipe.
O MPF denunciou William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rudolpho Lima Nascimento, acusados de participarem da ação que resultou na morte de Genilvado.
A denúncia foi encaminhada à 7ª Vara da Justiça Federal em Sergipe. Segundo a promotoria, além da ação, foi solicitado ainda o fim do sigilo decretado sobre o processo.
Os três também foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por abuso de autoridade e homicídio qualificado por asfixia e sem meios de defesa da vítima.
O caso
Genivaldo de Jesus dos Santos morreu aos 38 anos após uma abordagem por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Umbaúba, no sul de Sergipe, em 25 de maio deste ano. O homem, que era diagnosticado com esquizofrenia e aposentado por invalidez, foi abordado por três policiais enquanto pilotava a moto da irmã pela BR-101.
A abordagem durou 11 minutos e 27 segundos, mas Genivaldo foi levado para atendimento médico apenas 12 minutos depois e já chegou sem vida ao hospital.
Segundo a perícia, o esforço físico e o estresse causados pela abordagem policial resultaram em uma respiração acelerada de Genivaldo, o que pode ter potencializado ainda mais os efeitos tóxicos dos gases. O laudo concluiu que, com a detonação do gás lacrimogênio dentro da viatura, foram liberados gases como o ácido sulfídrico, que pode provocar convulsões e a incapacidade de respirar.