O procedimento que culminou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, não teria sido um caso isolado no Brasil. Nos últimos 12 anos, há ao menos 18 relatos, em sentenças judiciais, de homens que receberam gás de pimenta enquanto confinados em viaturas diferentes forças policiais, segundo reportagem do 'Fantástico', da TV Globo.
Uma testemunha contou ao programa como foi abordado: “Eu estava algemado para trás, ele abriu a porta de trás do chiqueirinho e encheu de pimenta na minha cara. Me ameaçavam, que eles iam me matar, que eles iam me matar. Eu me arrepiei todo a hora que eu vi esse vídeo do Genivaldo, porque pra mim foi um filme que passou na minha cabeça”.
Genivaldo, um homem negro que fazia tratametno contra esquizofrenia, foi morto por agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que transformaram um carro da corporação em 'câmara de gás', em 25 de maio, em Umabaúba, no interior do Sergipe.
A vítima foi abordada por estar pilotando sem capacete. Durante o processo, ele foi xingado, imobilizado, colocado dentro do porta-malas onde utilizaram gás lacrimogênio. O laudo do IML apontou morte por asfixia mecânica. A PRF chegou a atribui a morte de Genivaldo à "fatalidade desvinculada da ação policial legítima".