Caso Joca: Defensoria pede indenização de R$ 10 milhões

O órgão ressaltou que está representando o direito dos consumidores e dos animais, e não especificamente de João Fantazzini, dono do golden retriever

7 mai 2024 - 18h06
Defensoria que R$ 10 milhões em processo por danos morais
Defensoria que R$ 10 milhões em processo por danos morais
Foto: Reprodução/Instagram / Perfil Brasil

A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) entrou com um processo de danos morais contra a companhia Gol Linhas Aéreas, no valor de R$ 10 milhões. Ainda, a ação pública pede pela suspensão da permissão de transporte de animais pela Gollog por prazo indeterminado. A medida foi motivada pela morte do cachorro Joca, em abril, durante transporte aéreo da empresa.

Willian Zuqueti, o responsável pelo processo, afirmou que a companhia deverá apresentar à Justiça um protocolo de segurança para possível retorno do transporte de pets e um relatório da falha interna que resultou na morte de Joca.

A ação, segundo a defensoria, tem o objetivo de reafirmar que incidentes como este não podem ser tolerados e, ainda, exigir medidas e protocolos mais seguros, para prevenir possíveis novos casos. William também ressaltou que a Defensoria está representando o direito dos consumidores e dos animais, e não especificamente de João Fantazzini, dono de Joca.

Relembre o caso de Joca

No dia 22 de abril, o cachorro da raça golden retriever Joca, de cinco anos, faleceu sob cuidados da companhia Gol Linhas Aéreas. A morte aconteceu após um erro de destino, pois o cachorro deveria ter sido levado de São Paulo (SP), a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, para Sinop, (MT), mas ele acabou em Fortaleza (CE).

Devido à troca de local, João Fantazzini foi informado que deveria voltar para São Paulo. Chegando no Aeroporto Internacional de Guarulhos, porém, ele encontrou o animal já morto no canil da empresa. O cão tinha um atestado de seu veterinário certificando que ele suportaria duas horas e meia de voo, mas por conta do erro, o cachorro acabou passando oito horas no avião.

A Gol afirmou, por meio de uma nota, que foi surpreendida com a morte de Joca e ressalta que ele recebeu os cuidados da equipe no tempo que passou em Fortaleza. Ainda segundo a companhia, o falecimento ocorreu logo depois do pouso em São Paulo. "Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação", disse o texto.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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