Caso Marielle: irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa são denunciados pela PGR por assassinato

Os três estão presos preventivamente desde 24 de março; documento foi apresentado ao ministro do STF Alexandre de Moraes

9 mai 2024 - 10h33

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os três estão presos preventivamente desde 24 de março.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A denúncia foi apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (7).

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O que diz o documento da PGR?

Após um mês e meio de investigação da Polícia Federal (PF), a PGR concluiu que os irmãos Brazão e Barbosa devem ser processados e condenados pelo assassinato de Marielle e Anderson.

A denúncia aponta os irmãos como mandantes do crime e membros de uma organização criminosa, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa foi denunciado como outro mandante do homicídio.

A delação de Ronnie Lessa, o matador confesso, é citada como prova significativa, corroborando o envolvimento dos irmãos Brazão no planejamento do crime.

A PGR alega que Lessa se encontrou com os irmãos Brazão e recebeu a promessa de pagamento pelo assassinato da vereadora. A denúncia se baseia em dados de movimentação de veículos, monitoramento de telefones, triangulação de sinais de telefonia e oitivas de testemunhas.

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O documento também destaca os interesses econômicos fundiários dos irmãos, suas relações com milícias e os conflitos políticos com Marielle e o partido PSOL. Segundo a PGR, o assassinato estaria ligado à obsessão dos irmãos pela exploração imobiliária em áreas controladas por milícias, nas quais eles se fortaleceram politicamente e financeiramente.

Outras denúncias

Nesta quinta-feira (9), duas outras pessoas foram denunciadas pela PGR por envolvimento no crime e presas pela PF. São elas: Robson Calixto da Fonseca, o Peixe, que foi assessor de Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Peixe foi denunciado por organização criminosa e preso no Rio, enquanto Ronald, que foi denunciado por participação no homicídio, já estava encarcerado em uma prisão federal.

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