Caso Porsche: amigo de motorista volta a ser internado após complicações

Marcus Vinicius perdeu o baço devido ao acidente e ficou em coma induzido

6 mai 2024 - 12h12
(atualizado às 12h36)
Delegado que investigava caso do Porsche foi transferido para outro DP, em São Paulo.
Delegado que investigava caso do Porsche foi transferido para outro DP, em São Paulo.
Foto: Policia Civil de SP/Divulgação / Estadão

O jovem Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava no Porsche envolvido no acidente que matou um motorista de aplicativo, voltou a ser internado por complicações. Ele estava em casa, depois de retirou o baço e ficar em coma induzido devido ao ocorrido. Agora, ele está em observação em um hospital da capital paulista. 

Ao Terra, o advogado dele, José Roberto Soares Lourenço, afirmou que seu cliente está internado desde o dia 28 de abril, por causa de um pedaço do baço que teria ficado dentro dele depois do procedimento cirúrgico.

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"Ou seja, uma complicação. Os médicos recomendaram que ele ficasse em observação para avaliar se precisará de uma nova cirurgia", explica. 

Além disso, Marcus Vinicius passou a sentir dores em um dos joelhos, indicando um problema com os tendões.

"Tudo indica que tenha relação com o acidente, e que provavelmente ele terá que passar por um procedimento", esclarece.

Vídeo mostra o momento em que Porsche bate em carro de motorista de aplicativo em SP
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Essa é a segunda vez que o jovem é internado após o acidente provocado pelo amigo, Fernando Sastre de Andrade Filho, na Avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo. Na ocasião, o motorista do Porsche bateu na traseira do Renault Sandero que era dirigido pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. 

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Marcus se feriu gravemente, teve várias fraturas, perdeu o baço e ficou em coma induzido por alguns dias no hospital São Luiz Anália Franco, na capital paulista. Quando estava minimamente recuperado, ainda na unidade de saúde, ele prestou depoimento à polícia. Na ocasião, ele desmentiu a versão dada pela namorada de Sastre, e disse que o amigo havia bebido antes de dirigir e que estava "alterado".

Imagem mostra garçonete retirando copos de bebidas da mesa do motorista da Porsche
Foto: Reprodução/TV Globo

Foragido

O empresário Fernando Sastre Filho é considerado foragido pela Justiça. Ele teve sua prisão preventiva determinada na última sexta-feira, 3, e no sábado, 4, policiais foram até sua casa, mas não o encontraram. 

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), agentes da 30ª Delegacia Policial realizaram diligências no apartamento do empresário, na Vila Regente Feijó, em São Paulo, para cumprir o mandado de prisão expedido pela Justiça.

"Após buscas na residência, o suspeito não foi localizado. As diligências prosseguem visando a sua localização e captura", complementa a pasta, em nota.

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Fernando Sastre, motorista da Porsche
Foto: Globo

Prisão preventiva

A determinação da prisão preventiva atendeu a um recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Antes, três pedidos de prisão contra ele tinham sido negados ainda em primeira instância.

O desembargador João Augusto Garcia é quem assina a decisão. Segundo ele, a prisão preventiva visa "acautelar a ordem pública, ante o risco de reiteração das condutas, e garantir a regular instrução criminal".

Em sua decisão, o desembargador citou ainda os outros acidentes em que Andrade Filho esteve envolvido e o registro de uma participação dele em um racha na Avenida Paulista.

Câmera corporal registra motorista de Porsche sendo liberado por PMs após acidente em SP
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"Com efeito, a ligação com atos semelhantes, em havendo indicativos de que, mesmo instado por pessoas a não dirigir, por seu estado (indicado ainda pelo frentista Reinaldo, que viu o réu sair cambaleando), fazem crer na possibilidade de reiteração em descumprimento de normas, devendo o poder judiciário estar atento quanto ao resguardo da ordem pública, prevalecendo, nesse momento, o interesse coletivo, em detrimento do individual", escreveu.

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Garcia afirmou ainda que há precedentes de prisões preventivas em casos de rachas, com consequências inferiores às do caso envolvendo o empresário, em que houve uma vítima fatal e uma pessoa lesionada gravemente.

Ao decidir pela prisão preventiva, que tem ordem para ocorrer de forma imediata, o Tribunal de Justiça de São Paulo revoga as medidas cautelares as quais Fernando Sastre estava vinculado. A decisão, porém, mantém apenas a fiança de R$ 500 mil que já foi cobrada do empresário.

Fonte: Redação Terra
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