A família de Vitória Regina de Sousa, adolescente encontrada morta em região de mata no município de Cajamar, na Grande São Paulo, na semana passada, está perto de descobrir várias questões sobre o que aconteceu com a jovem. Dois laudos periciais ficaram prontos e estão sendo analisados por investigadores.
Segundo informações do Balanço Geral, da Record, outros oito laudos ainda estão em fase de conclusão e devem responder questões sobre de quem é o sangue encontrado no banheiro da casa de Maicol Antônio Sales dos Santos, principal suspeito do crime.
Semanas atrás, a polícia encontrou o material após uma vistoria na casa do homem que está preso preventivamente após pedido da polícia ser aceito pela Justiça. O sangue foi recolhido e confrontado com o de Vitória.
Laudos periciais preliminares já indicam que a adolescente não foi abusada sexualmente antes de morrer. Ela teria sido morta com alguns golpes de faca.
Foi confirmado em exame toxicológico que a vítima teria sido dopada ou ingerido entorpecentes mesmo que forçada. Além disso, ela teria sido torturada por dois dias antes de ser assassinada. O resultado é preliminar e deve ter sua confirmação total nos próximos dias.
Até o momento, Maicol é o único suspeito preso. A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão de outros dois suspeitos, incluindo Gustavo Vinicius, ex-ficante da jovem. Ele mostrou o rosto pela primeira vez e negou envolvimento no crime.
"Eu não fiz parte desse crime, entendeu? Porque até então eu sou um pai de família, certo? E tô sofrendo ameaças assim, principalmente no Instagram, muitas, muitas ameaças. Meu filho de três anos está no meio [do alvo dessas ameaças] também. E eu quero deixar esclarecido que eu não tenho nada a ver com esse crime", disse ele em entrevista ao mesmo programa.
O suspeito disse temer ser assassinado por causa da repercussão do caso e da revelação do seu nome publicamente no suposto envolvimento da adolescente. "Tenho medo. E o que fizeram com ela pode muito bem vir fazer comigo também", falou.
Até o momento, a polícia aguarda a conclusão de outros exames para avançar na investigação do caso. Apesar de preso, Maicol não confessou envolvimento no crime. As autoridades fazem buscas por provas na região de Cajamar, cidade em que o corpo da vítima foi encontrado.