Vídeo antigo de bombardeio na Faixa de Gaza circula como se fosse resposta recente aos ataques do Hamas

10 out 2023 - 17h28

Foi gravado em maio deste ano, e não nos últimos dias, um vídeo que viralizou nas redes e que mostra a explosão de prédios e casas na Faixa de Gaza. As imagens registram uma troca de mísseis ocorrida entre o Exército de Israel e a Jihad Islâmica, que entraram em confronto após militares israelenses terem assassinado líderes do movimento.

O vídeo com o falso contexto acumulava mais de 500 mil visualizações no TikTok e 1.500 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (10).

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Vídeo antigo de destruição na Faixa de Gaza circula atualmente com legenda enganosa que afirma que começou a resposta de Israel
Vídeo antigo de destruição na Faixa de Gaza circula atualmente com legenda enganosa que afirma que começou a resposta de Israel
Foto: Aos Fatos

Publicações nas redes enganam ao compartilhar como se fosse recente um vídeo que mostra prédios e casas sendo destruídos por explosões na Faixa de Gaza. As imagens, que circulam acompanhadas de legendas enganosas sugerindo que a destruição seria uma resposta de Israel aos ataques mais recentes do Hamas, na verdade registram um bombardeio ocorrido em maio deste ano durante um confronto com a Jihad Islâmica.

O vídeo original pode ser encontrado no YouTube desde aquela época, quando foi publicado pela AP e pelo Guardian. Naquele mês, a região foi palco de uma troca de mísseis após militares israelenses terem matado líderes da Jihad Islâmica e civis palestinos. Apesar de também não reconhecer o Estado de Israel e defender a criação do Estado da Palestina, a Jihad Islâmica é um grupo diferente do Hamas. É importante destacar que as duas organizações são aliadas e já atuaram em conjunto.

É fato, no entanto, que Israel usou mísseis para bombardear a Faixa de Gaza em uma contraofensiva aos ataques do Hamas iniciados no último sábado (7). Até o momento, estima-se que 1.830 pessoas tenham morrido em meio ao confronto. Duas vítimas, inclusive, são brasileiros que estavam em Israel.

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Essa peça de desinformação também foi desmentida pela Reuters.

Referências:

1. YouTube (AP)

2. YouTube (The Guardian)

3. G1 (1 e 2)

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