O que estão compartilhando: um vídeo em que um pastor reclama que os fiéis não estão contribuindo o suficiente com o dízimo. "Pastor cobra dos fieis que tá pouco", diz a legenda.
O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é sátira. O autor do vídeo possui um perfil dedicado a postar vídeos satíricos. Na descrição do seu perfil no TikTok ele diz que está "publicando fantasias, sátiras, comédia, sem base na realidade". A encenação em que ele finge ser pastor foi republicada na rede social Threads sem a indicação que se tratava de uma peça de comédia. Nos comentários, usuários demonstram ter acreditado que a brincadeira era real.
Saiba mais: Circula nas redes sociais um vídeo de um homem que se diz ser o pastor da "igreja bolsonariana" -- uma instituição que não existe. Ele reclama que as pessoas estão contribuindo com valores pequenos e para provar o que diz exibe maços de notas de R$2 e um saco cheio de moedas. "Vocês estão dando para Deus o mínimo, vão receber o mínimo", diz o autor do vídeo. Ele calcula que nos cultos realizados aos domingos, o valor arrecadado teria que ser de, pelo menos, R$ 25 mil.
Nos comentários, alguns usuários levam a sério o vídeo. "Por isso que não vou à igreja! A fé está dentro de nós, quer ajudar? Ajude uma família carente, um animal de rua", escreveu uma pessoa. "Vai trabalhar", comentou outro.
Vídeo é satírico
O autor do vídeo é o empresário Rod Rocha, que alimenta um perfil no TikTok com vídeos satíricos em que finge ser um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seus conteúdos, ele conta de forma séria situações inventadas. Como por exemplo, quando pediu contribuições financeiras para a construção de uma estátua de 50m de altura de Bolsonaro no centro do Rio de Janeiro ou quando explicou que o acidente doméstico em que Lula bateu a cabeça seria usado como pretexto para colocar um sósia no lugar dele.
O vídeo em que finge ser um pastor insatisfeito com a contribuição dos fiéis no dízimo foi publicado em seu perfil no dia 6 de junho. Confira:
Outros conteúdos de Rod Rocha foram levados a sério por usuários das redes sociais. Em junho, o projeto Comprova explicou que eram satíricos os vídeos em que ele dizia estar investigando o túmulo onde estaria sepultado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).