Chefe do Hezbollah apoia cessar-fogo, mas afirma que grupo não 'baixará as armas'

Naim Qassem, chefe interino, disse que mesmo com as dificuldades, os combatentes do Hezbollah têm conseguido repelir as incursões israelenses, especialmente no sul do Líbano

8 out 2024 - 08h16
(atualizado às 08h25)

O grupo extremista Hezbollah continua a sofrer reveses em sua luta contra Israel, mas mantém uma postura desafiadora. Em um discurso, o chefe interino do Hezbollah, Naim Qassem, assegurou que o grupo não pretende recuar ou baixar suas armas, apesar dos "golpes dolorosos", mas afirmou apoiar negociações por um cessar-fogo.

Naim Qassem é o chefe interino do grupo Hezbollah
Naim Qassem é o chefe interino do grupo Hezbollah
Foto: Redes Sociais / Perfil Brasil

De acordo com Qassem, mesmo com as dificuldades, os combatentes do Hezbollah têm conseguido repelir as incursões israelenses, especialmente no sul do Líbano, área que serve como um bastião para o grupo. Com as mortes de líderes importantes e a destruição de equipamentos cruciais, o grupo extremista enfrenta desafios significativos.

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Hezbollah: capacidade de resistência garantida

As declarações de Qassem são claras ao reforçar a capacidade operacional e estratégica do grupo. Mesmo após a morte do comandante Suhail Hussein Husseini e de outros líderes, o Hezbollah busca manter seu papel de protagonista na resistência contra Israel.

O Hezbollah continua a apoiar esforços diplomáticos para negociar um cessar-fogo, encabeçados pelo presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri. No entanto, os detalhes sobre as condições para um eventual acordo permanecem desconhecidos. Apesar das tentativas de negociação, o grupo segue focado em sua estratégia de defesa, enquanto Israel afirma que seus alvos são apenas estruturas do grupo radical.

Implicações das mortes dos líderes do Hezbollah

Nos últimos meses, os ataques israelenses resultaram na morte de vários líderes do Hezbollah. Desde janeiro, pelo menos dez comandantes do grupo foram eliminados, o que levanta questões sobre como essas perdas impactam a capacidade de operação do Hezbollah. A morte de Husseini, em particular, representa um golpe estratégico, dado seu papel crucial na logística e no gerenciamento e transferêncoias de armamentos com o Irã.

Consequências humanitárias e balanço de mortos no Líbano

Os impactos do conflito são devastadores para a população civil. Desde os ataques iniciados em setembro de 2024, o número de mortos no Líbano alcançou 2.083, com 9.869 feridos, como relatado pelo Ministério da Saúde do Líbano. Entre os mortos, estima-se que cerca de 250 sejam combatentes do Hezbollah, mas a maior parte é composta por civis.

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Os bombardeios de Israel, que começaram como parte da "Operação Setas do Norte", visam, oficialmente, apenas instalações do Hezbollah, mas as vítimas civis indicam uma realidade diferente. Além dos ataques aéreos, incursões terrestres por parte de Israel têm exacerbado a crise humanitária no país, complicando os esforços internacionais para alcançar um cessar-fogo duradouro.

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https://www.repubblica.it/esteri/2024/09/30/diretta/guerra_israele_libano_hamas_notizie_oggi-423526248/

— La Repubblica (@mm-repubblica-bot.bsky.social) 30 de setembro de 2024 07:59

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