O tenente-coronel Mauro Cid mencionará nomes de militares que fizeram parte do governo de Jair Bolsonaro (PL) em seu acordo de delação premiada, que foi homologado no último fim de semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Cid planeja citar nomes como o do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão Bolsonaro, além do general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Segundo informações de fontes ligadas às negociações da colaboração de Cid, ele vai mencionar, além dos já citados, os nomes dos generais Eduardo Pazuello, Braga Netto e um outro general da reserva.
O Exército, por outro lado, provavelmente não terá seus membros da ativa mencionados no depoimento de Cid, apesar de ter havido a presença prolongada de golpistas do 8 de janeiro acampados em frente à instituição.
Delação
No último sábado, 9, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou a prisão no Batalhão do Exército de Brasília após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologar a sua delação premiada dele.
Moraes foi responsável por conceder a liberdade provisória ao militar, em atenção a um pedido da defesa do militar. Segundo o ministro, a manutenção de preventiva de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não é necessária, considerando o "encerramento de inúmeras diligências pela Polícia Federal e a oitiva do investigado, por três vezes".