Cientistas alertam: próxima grande erupção vulcânica pode gerar caos global

26 dez 2024 - 22h30

As erupções vulcânicas desempenham um papel significativo na mudança do clima global. O Monte Tambora, por exemplo, protagonizou em 1815 a explosão vulcânica mais violenta registrada, afetando o planeta de maneiras diversas. Esta erupção resultou no "ano sem verão", causando uma dramática queda nas temperaturas globais e acarretando falhas nas colheitas e crises alimentares.

Vulcão em erupção
Vulcão em erupção
Foto: depositphotos.com / raineralbiez / Perfil Brasil

O evento de Tambora evidenciou o quão vulnerável o mundo pode ser a erupções vulcânicas de grande magnitude. Mesmo passados mais de dois séculos, sua memória serve como um alerta sobre os riscos potenciais de fenômenos similares, principalmente em um mundo aquecido pela mudança climática. A pergunta que persiste é se a humanidade está preparada para enfrentar uma nova erupção vulcânica de grande escala.

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Como uma erupção vulcânica influencia o clima?

Os vulcões influenciam o clima através da liberação maciça de gases e partículas na atmosfera. Em uma erupção significativa, o dióxido de enxofre é expelido na estratosfera, onde forma aerossóis que refletem a luz solar. Esse processo resulta em um resfriamento temporário da superfície terrestre, causando impacto direto no clima global e nos padrões meteorológicos.

A erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, por exemplo, liberou milhões de toneladas de dióxido de enxofre na atmosfera, baixando a temperatura média mundial em aproximadamente 0,5ºC por anos subsequentes. As consequências dessas emissões são complexas e desafiadoras para a humanidade, pois podem causar alterações significativas nos padrões de chuva, influenciando sistemas de monções, essencialmente na Ásia e na África.

Quais são os riscos de uma erupção vulcânica em um mundo aquecido?

Um mundo aquecido pelo aquecimento global apresenta novas dinâmicas para o impacto das erupções vulcânicas. As mudanças climáticas podem intensificar os efeitos de resfriamento das erupções devido a uma série de razões. À medida que a circulação atmosférica se torna mais acelerada, as partículas de aerossol podem ser dispersadas mais rapidamente, aumentando a eficiência do resfriamento ao espalhar e refletir a luz solar.

Estudos também indicam que o aquecimento dos oceanos pode alterar a maneira como o resfriamento é distribuído entre a atmosfera e as águas superiores, com repercussões ainda incertas mas potencialmente severas. Adicionalmente, o derretimento das calotas polares e o aumento em eventos de precipitação extrema podem afetar a frequência e intensidade das erupções, alterando a pressão sobre as câmaras magmáticas dos vulcões atos por décadas.

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Como a sociedade pode se preparar para erupções futuras?

Embora a previsão exata de erupções vulcânicas ainda não seja possível, estratégias de preparação podem ser vitais para mitigar seus efeitos. Avaliações de risco e simulações de cenários extremos podem auxiliar na preparação de respostas eficazes a desastres naturais, desde evacuações emergenciais até o fortalecimento da segurança alimentar global.

A concentração de populações próximas a vulcões ativos e a ausência de um plano de ação abrangente são fatores preocupantes. Medidas preventivas, como criação de programas de evacuação e desenvolvimento de tecnologias de monitoramento, são cruciais para reduzir o potencial impacto humano e econômico de uma erupção de grandes proporções.

A contínua pesquisa sobre erupções passadas e suas consequências climáticas pode fornecer insights valiosos para enfrentar desafios futuros. Compreender a interação entre os vulcões e o clima global é uma necessidade urgente em tempos de intensificação das mudanças climáticas.

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