Recentemente, tempestades devastadoras atingiram a Espanha, revelando a crescente influência das mudanças climáticas nos eventos climáticos extremos. Segundo a World Weather Attribution (WWA), as recentes tempestades foram 12% mais intensas do que episódios similares registrados antes da revolução industrial. Além disso, estudos preliminares indicam que eventos como esses tornaram-se duas vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.
A análise da WWA, embora ainda inicial, reforça a importância de entender como o clima está mudando globalmente. O que ocorreu na Espanha desde o dia 29 está sendo comparado com dados meteorológicos históricos para determinar a evolução desses eventos desde o período pré-industrial, quando as temperaturas eram notavelmente mais baixas.
O aquecimento global é apontado como um dos principais fatores para o aumento na intensidade das chuvas. De acordo com os cientistas, "uma atmosfera mais quente pode conter mais umidade", resultando em chuvas mais intensas e, consequentemente, em tempestades mais severas. A elevação da temperatura global, causada principalmente pelas emissões de combustíveis fósseis, contribui significativamente para esse fenômeno.
Lets just pray for Valencia and Spain 🇪🇦 #Valencia #Flood #Catastrophic pic.twitter.com/2lhWJosaUe
— Miodrag 🇷🇸 (@MIL0SEVIC) October 30, 2024
Conclusões dos estudos sobre tempestades na Espanha
Os estudos realizados pela WWA sugerem que as mudanças climáticas podem ser a explicação mais plausível para o aumento da intensidade das tempestades na Espanha. Contudo, dado que se trata de um estudo preliminar, ainda sem o uso de modelos climáticos para simulações em um cenário sem aquecimento global provocado pelo homem, esses achados devem ser considerados com certa cautela.
- As precipitações extremas aumentaram em frequência e intensidade.
- Os eventos climáticos extremos são duas vezes mais prováveis agora do que antes da revolução industrial.
- O aumento das emissões de combustíveis fósseis é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
Sonia Seneviratne, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), afirmou à Folha de São Paulo que as descobertas da WWA estão alinhadas com tendências observadas em estudos anteriores. O relatório do IPCC também prevê um aumento nas precipitações extremas em escala global, corroborando a necessidade de uma ação urgente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.