O Brasil já enfrenta mais de 150 dias sem chuva significativa na região Central, e o país se aproxima da marca de 50 mil focos de incêndio registrados desde o início de 2021, segundo os dados de monitoramento do INPE.
O estado com a maior quantidade de focos é Mato Grosso, com 7840. O Cerrado e a Amazônia são os biomas que foram mais consumidos pelas chamas neste ano, com 39,7% e 36,1% respectivamente. Já o maior aumento, com relação ao ano anterior, está na Caatinga, com 159% a mais que no mesmo período de 2020.
O número de queimadas aumentou nos últimos dias em todo o interior do país. Isso se dá pelo efeito do prolongado período de estiagem que enfrentamos desde o final de março. Com as chuvas irregulares do outono, os índices de água no solo ficaram muito baixos, com várias regiões menores que 20%, especialmente no Centro-Oeste, no Tocantins, em Minas Gerais e no interior do Nordeste, algo que facilita a propagação das queimadas.
E no que depender da previsão do tempo, não há grandes alívios para estas áreas, pelo menos nos próximos 15 dias. As chuvas ainda serão bem escassas e pontuais.
A partir de quarta-feira (11), até há chance para uma diminuição das temperaturas em Mato Grosso do Sul e no oeste de Mato Grosso, mas nada que resfrie suficientemente para que os focos de queimada deixem de existir. A expectativa é de que com a virada do mês de agosto para setembro, a chuva retorne de forma um pouco mais abrangente no interior do país.