Congresso perde prazo dos vetos à minirreforma eleitoral

Para serem válidas, novas alterações precisavam ser promulgadas até a sexta-feira, ou seja, um ano antes do pleito

3 out 2019 - 06h50
(atualizado às 07h54)

BRASÍLIA - O Congresso perdeu o prazo para analisar os vetos do presidente Jair Bolsonaro à minirreforma eleitoral, a tempo de que novas mudanças pudessem valer para as eleições municipais de 2020. Para serem válidas, novas alterações precisavam ser promulgadas até a sexta-feira, 4, ou seja, um ano antes do pleito.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto, nem todos os vetos ao projeto têm relação com eleição e não precisam da regra da anualidade. "Apenas um veto precisa da anualidade para valer e os outros não precisam da anualidade", disse ele. Seria, segundo sua assessoria, a parte que trata de critérios para inelegibilidade de candidatos.

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Na próxima sessão, segundo ele, os vetos podem entrar na pauta, mas, se forem derrubados, nem todos poderão valer para as eleições de 2020 e só terão efeitos em 2022. Ao encerrar a sessão desta quarta-feira, 2, Alcolumbre convocou nova reunião para o dia 8.

Bolsonaro sancionou na sexta-feira, 27, o projeto que flexibiliza regras partidárias, mas vetou trecho que abria brecha para parlamentares aumentarem o valor de dinheiro público destinado a campanhas eleitorais. Ao mesmo tempo, o presidente manteve no texto artigos que, na visão de analistas, dificultam a fiscalização da prática de caixa 2.

Além do artigo sobre o fundo eleitoral, Bolsonaro rejeitou outros trechos polêmicos da proposta, como a retomada da propaganda partidária na TV e no rádio e a anistia a multas aplicadas pela Justiça Eleitoral.

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