Copom eleva Selic para 11,25% ao ano e cita 'incerteza' econômica nos EUA

6 nov 2024 - 20h43
(atualizado às 20h46)

Em um cenário de volatilidade econômica e incertezas globais, nesta quarta-feira, 6, o Banco Central do Brasil decidiu continuar com a elevação da taxa Selic como estratégia de política monetária. A taxa básica de juros foi recentemente aumentada em 0,5 ponto percentual, marcando o segundo ajuste consecutivo. Esta decisão segue uma trajetória de alta que não era registrada desde maio de 2022, refletindo uma resposta às pressões inflacionárias persistentes.

Economia
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Foto: depositphotos.com / monsit / Perfil Brasil

Historicamente, a Selic é utilizada como a principal ferramenta para controlar a inflação, influenciando diretamente o custo do crédito e, consequentemente, a atividade econômica no país. O ambiente externo, principalmente a conjuntura econômica dos Estados Unidos, continua a apresentar desafios que afetam essa tomada de decisão.

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Por que a Selic está aumentando novamente?

O aumento da Selic, atualmente em 11,75% ao ano segundo previsões do mercado, é uma medida para conter a inflação que ainda resiste em ceder aos patamares desejados. Com os Estados Unidos vivenciando incertezas quanto à sua política monetária e fiscal, o ambiente externo impõe riscos adicionais que o Brasil não pode ignorar. O Copom, liderado por Roberto Campos Neto, acredita que esse movimento é necessário para estabilizar as expectativas do mercado e ancorar a inflação no médio prazo.

O Copom tem destacado a importância de uma política fiscal crível para a estabilidade econômica. O governo brasileiro está desenvolvendo um plano de cortes de despesas, ainda sem detalhes divulgados, mas que tem potencial significativo de impactar a percepção de risco e a taxa de câmbio. O comunicado recente do Copom ressaltou que políticas fiscais sustentáveis são essenciais para reduzir o prêmio de risco dos ativos financeiros no Brasil.

Qual é o impacto do dólar na economia local?

Outra variável crucial neste contexto é o comportamento do dólar. Recentemente, o dólar tem se valorizado em relação ao real, o que pode intensificar a pressão inflacionária. Essa valorização se dá em parte devido à percepções de risco global e expectativas em torno de políticas monetárias em economias avançadas, como os Estados Unidos. Um real mais fraco pode elevar os preços de importação e, por consequência, a inflação local.

O Copom se reúne periodicamente para ajustar as diretrizes da política monetária no Brasil conforme as condições econômicas evoluem. A próxima reunião está agendada para dezembro de 2024, e as decisões serão pautadas pela evolução da dinâmica inflacionária e outros indicadores econômicos críticos. O compromisso firme com a convergência inflacionária continua a ser a prioridade máxima.

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