Com o isolamento social, escolas fechadas e saídas de casa praticamente proibidas, crianças têm recebido um mimo a mais dos pais para lidar com o atual período de restrições impostas pela pandemia da covid-19. Em sua maioria, são filhos únicos, carentes de companhias e de novos afazeres.
No Rio, a Associação Casa Diolanda, localizada no bairro de Campo Grande e que cuida atualmente de 120 cães e 55 gatos, viu aumentar nas últimas semanas os pedidos de doações. A presidente do abrigo, Luciandrea Lima Bastos, contou ao Terra que pessoas que vivem sozinhas também têm recorrido à adoção de animais domésticos com mais frequência.
“A gente só concorda em doar um dos nossos cães e gatos depois de uma entrevista e de uma avaliação da condição dos pretendentes. Deixamos claro que o ato não pode ser encarado como divertimento. Há responsabilidade em jogo, o animal vai virar parte integrante da família e não um brinquedo de criança”, disse.
Há três semanas, o motorista de transporte alternativo Antônio Carlos Ferreira Brasil, sua esposa, a professora Nielle Regina, e a filhinha do casal, Maria Luiza, 6 anos, trouxeram para casa, em Sepetiba, zona oeste do Rio, a pequena Julie, uma cadela mestiça que passou a ser parceira constante da menina, inconformada com a ausência dos colegas de escola e das visitas cada vez mais raras à avó Celia Regina.
Com a novidade, tudo mudou na residência deles.
“Nossa filha agora só quer saber da Julie, vive abraçada com a cadelinha. Isso vai ajudar todos nós a suportar esse isolamento. Mas sabemos que ao decidir pela adoção estávamos assumindo o compromisso de dar toda atenção à Julie, agora e depois da crise sanitária. Ela veio para viver conosco”, explicou Antônio Carlos.
Quem quiser adotar, gratuitamente, um cão ou gato, já castrado, pode entrar em contato com a Casa Diolanda pelos seguintes endereços: https://instagram.com/associacaocasadiolanda?igshid=f00klja7d1ur ou facebook.com/associacaocasadiolanda/.