A Alemanha relatou nesta quarta-feira o maior número de mortes relacionadas à covid-19 desde abril, e seu ministro da Saúde alertou que o número de infecções diárias não diminuiu o suficiente para achatar a curva.
A maior economia da Europa, que está em lockdown parcial desde 2 de novembro para domar uma segunda onda do coronavírus, registrou 18.487 novas infecções e 261 mortes em um dia, informou o Instituto de Doenças Infecciosas Robert Koch.
A chanceler, Angela Merkel, disse que o lockdown emergencial de um mês, que inclui o fechamento de restaurantes, academias de ginástica e teatros, é necessário para reverter um pico de casos de coronavírus que pode sobrecarregar os hospitais.
"Os números estão subindo, mas não tão fortemente", disse o ministro da Saúde, Jens Spahn, à emissora alemã RTL. "Isto é animador, mas não basta."
Embora o número de novas infecções diárias confirmadas tenha permanecido abaixo dos 20 mil durante quatro dias seguidos, as mortes estão aumentando e os hospitais estão relatando uma ocupação maior das unidades de tratamento intensivo, disse Spahn.
"Certamente estamos vendo sinais de mudança, mas ainda não podemos falar em uma reversão da tendência", disse ele, acrescentando que o número de mortes e pacientes necessitados de tratamento intensivo só cairá se os números de infecções recuarem consideravelmente.