Angra (RJ) volta a impor restrições por causa da covid-19

Casos da doença na cidade do sul fluminense dispararam após afrouxamento de medidas em 5 de maio

25 mai 2020 - 08h12

Balneário turístico no litoral sul do Rio, região preferida de muitos milionários brasileiros, Angra dos Reis viu a contaminação pela covid-19 quase triplicar nos últimos dias, depois que a prefeitura permitiu a reabertura do comércio em 5 de maio. De lá para cá, o número de infectados pulou de 218 para 629 e o de mortos pela doença, de seis para 20. Em razão disso, o município acabou revendo algumas decisões e já terá ponto facultativo nesta segunda-feira.

Várias medidas estão embutidas no decreto assinado no sábado (23) pelo prefeito Fernando Jordão. A principal delas diz respeito ao fechamento de parte importante do comércio local, não essencial – isso já vigorava de abril até 5 de maio. Agora, de novo, restaurantes, bares, lanchonetes e afins estarão privados do atendimento presencial. Os shoppings e os centros comerciais, também.

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Angra dos Reis (RJ), que abriga complexo nuclear, adota medidas mais duras para conter propagação da covid-19
01/08/2019
REUTERS/Lucas Landau
Angra dos Reis (RJ), que abriga complexo nuclear, adota medidas mais duras para conter propagação da covid-19 01/08/2019 REUTERS/Lucas Landau
Foto: Reuters

Constam ainda do decreto a proibição de circulação de pessoas e veículos na cidade após às 22 horas, com exceção para os que necessitem de atendimento médico ou precisem comprar remédios e dos agentes públicos em serviço; a “vedação” do acesso a praças públicas e do funcionamento e utilização de marinas. Além disso, estão suspensas todas as atividades de turismo em Angra, na Baia da Ilha Grande e demais ilhas da região.

Para reeditar as restrições, a prefeitura levou em consideração a taxa de 50% de ocupação na Santa Casa, centro de referência da covid-19 em Angra. Jordão havia afirmado no dia 5, quando do afrouxamento das restrições, que poderia rever aquelas medidas dependendo da demanda de casos de infectados na rede hospitalar do município. Naquela oportunidade, essa taxa era pouco superior a 20%.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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