O Brasil registrou 190 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, 19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 102. É a primeira vez que este índice sobe após 14 dias em queda.
Entre 20 horas desta segunda-feira e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 21.046. No total, o Brasil tem 30.279.521 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 29.298.848 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou 65 mortes por coronavírus nesta terça, a quantidade mais alta do dia entre as Unidades da Federação.Outros sete Estados informaram que nenhuma pessoa faleceu em decorrência da doença. Apenas o Tocantins não informou.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Nesta terça, o Ministério da Saúde não informou o número de novos casos e de novas mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.275.219 pessoas infectadas e 662.151 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
Fim da emergência em saúde pública
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19, decretada em fevereiro de 2020 pelo governo federal. Nos próximos dias, a pasta irá editar um ato regulamentando a decisão, anulando a portaria que ancorou as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus no País.
O anúncio foi feito por Queiroga em cadeia nacional de rádio e TV. O ministro atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e à vacinação no País, que alcançou 73% da população. Ele ponderou que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar "vigilante".