O governo da Nova Zelândia impôs nesta terça-feira (11) um lockdown de três dias em Auckland, maior cidade do país, após a confirmação dos primeiros casos do coronavírus Sars-CoV-2 com origem desconhecida em 102 dias.
A primeira-ministra Jacinda Ardern, cuja popularidade disparou devido ao sucesso no controle da pandemia, disse que tomou a decisão após a descoberta de quatro casos de origem desconhecida dentro de uma mesma família em Auckland, cidade de 1,66 milhão de habitantes.
"Após 102 dias, temos os primeiros casos de covid-19 fora de estruturas de isolamento ou quarentena", declarou a premiê, acrescentando que o governo estava preparado para esse cenário.
Com 4,8 milhões de moradores, a Nova Zelândia acumula 1.570 contágios e 22 mortes na pandemia. Isso representa índices de 32 casos e 0,5 óbito para cada 100 mil habitantes - para efeito de comparação, o Brasil tem 1.455 infecções e 48 mortes para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde.
Devido ao sucesso no combate à pandemia, os neozelandeses puderam manter nos últimos três meses uma vida perto do normal, sem necessidade de distanciamento social e até com público em eventos culturais e esportivos.
Válido a partir desta quarta (12), o lockdown em Auckland é de "nível 3" e prevê restaurantes e bares fechados, a não ser para serviços de retirada. Os moradores devem ficar em casa, com exceção de trabalhadores de serviços essenciais, e usar máscaras ao sair na rua. Aglomerações com mais de 10 pessoas estão proibidas.
"Estamos pedindo para as pessoas em Auckland ficarem em casa para interromper a disseminação. Aja como se você tivesse covid", disse Ardern, que acaba de lançar sua campanha pela reeleição. .