As preocupações crescentes com a recuperação da economia mundial, diante do avanço da variante do coronavírus Ômicron, se somam a temores fiscais internos. Com isso, a Bolsa opera em forte queda, de mais de 2%, e o dólar sobe.
Nesta segunda-feira, 20, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) apresentou o relatório final do Orçamento de 2022. A votação do documento foi transferida para terça, já que parlamentares discutem retirar verbas do fundo eleitoral e direcionar esses recursos para a área da educação.
"O mercado vai perdendo a confiança no arcabouço fiscal. Parece que a reeleição (do presidente Jair Bolsonaro) é o assunto mais importante. Somado a isso, tem a preocupação com a Ômicron, que está levando a medidas de restrição na Europa", avalia Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.
O temor é o de que ao tocar os 104 mil pontos, o Ibovespa caia ainda mais e desça para a marca psicológica dos 100 mil pontos. Às 14h24, o principal índice da B3 cedia 2,23%, aos 104.806,98 pontos. Dólar subia 0,71%, a R$ 5,7226.
As bolsas europeias terminaram em baixa. O índice londrino FTSE 100 fechou em queda de 0,99%, a 7198,03 pontos, enquanto em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,88%, a 15239,67 pontos. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 recuou 0,82%, a 6870,10 pontos e em Milão, o índice FTSE MIB teve hoje queda de 1,63%, a 26177,76 pontos.