O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, em reunião virtual com executivos da Pfizer, que gostaria de fechar contrato para a compra de vacinas do laboratório norte-americano diante da agressividade do coronavírus no Brasil.
"Todo esse momento quero apenas agradecer a gentileza desse encontro, reconhecemos a Pfizer como uma grande empresa mundial, grande espaço no Brasil também e, em havendo, repito, possibilidades, nós gostaríamos de fechar contratos com os senhores até pela agressividade que o vírus tem se apresentado no Brasil", disse Bolsonaro, em curto trecho divulgado em uma rede social do presidente.
"Muito obrigado a todos, bom dia e Deus nos abençoe", concluiu o presidente.
O governo federal tenta acelerar a vacinação no Brasil em meio a críticas sobre a lentidão no processo de imunização da população e diante do forte aumento recente no número de casos e mortes da doença no país.
Em entrevista após o encontro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo federal fechou acordo com a Pfizer que prevê a entrega de 14 milhões de doses de vacina contra Covid-19 da farmacêutica norte-americana ao Brasil até junho, com antecipação de 5 milhões de doses nesse período.
Guedes participou da reunião com Bolsonaro e outros ministros com a cúpula mundial da Pfizer no Palácio do Planalto. A assinatura do contrato, entretanto, ainda não foi formalizada.
Bolsonaro criticou várias vezes a proposta de contrato da Pfizer, pelo fato de o laboratório não querer assumir responsabilidades em caso de efeitos adversos em pessoas vacinadas.
Um projeto aprovado pelo Congresso na semana passada, no entanto, autoriza União, Estados e municípios a assumir a responsabilidade civil por eventuais eventos adversos decorrentes da imunização contra a Covid-19 durante a emergência em saúde pública.
A expectativa do governo é fechar um acordo para receber 100 milhões de doses da vacina da Pfizer até o final do ano. O laboratório é o único até o momento que obteve registro de uso definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que poderia permitir uma vacinação em massa no país.