Bolsonaro defende redução de propaganda sobre covid-19

Em conversa com apoiadores, presidente também criticou a proposta do Congresso de criação do "passaporte covid"

15 jun 2021 - 10h21
(atualizado às 10h25)

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a redução dos investimentos em peças publicitárias com informações sobre a pandemia do novo coronavírus. "Alguém precisa de propaganda na televisão sobre covid ou todo mundo sabe o que está acontecendo?", perguntou a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira, 15. "Deslocar recursos de um lugar para o outro via medida provisória agora é desviar recursos", disse sobre iniciativa do governo de alocar R$ 30 milhões que seriam destinados à promoção de campanhas contra a covid-19 na execução de outras medidas.

Sem máscara, Jair Bolsonaro discursa em ato com motociclistas
Sem máscara, Jair Bolsonaro discursa em ato com motociclistas
Foto: Romeo Campos

Bolsonaro também criticou a proposta do Congresso de criação do "passaporte covid", como tem sido chamado o documento que traria informações sobre a imunização dos cidadãos, o que facilitaria viagem ao exterior, por exemplo. Ele disse não acreditar que o projeto vá passar no Parlamento, mas prometeu vetá-lo, caso avance ao Executivo. "Eu não acredito que passe no Parlamento. Se passar, eu veto e o Parlamento vai analisar o veto. Se derrubar, aí é lei", disse.

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O documento, no entanto, já tem sido testado em diversos países como um instrumento para retomar a normalidade após a vacinação em massa. Bolsonaro não se mostrou contrário à possibilidade de que brasileiros precisem comprovar vacinação para viajar ao exterior, caso a ideia prospere. "Cada país faz suas regras. Se você não tomar, você não entra", disse. Em seguida, voltou a afirmar que não deseja tornar a imunização obrigatória em território nacional.

Bolsonaro também voltou a criticar as medidas de isolamento social adotadas por Estados e municípios para conter a disseminação do novo coronavírus. O presidente admitiu que a inflação aumentou e citou o preço do milho e seus impactos sobre outros produtos, como "a galinha e o ovo". Depois minimizou: "Inflação é no mundo todo", disse. "Agora imagine se o homem do campo tivesse ficado em casa?. Não teríamos inflação, teríamos desabastecimento".

Doria

O presidente voltou a fazer críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo o presidente, o Estado estuda realizar "novos lockdowns", apesar de a medida nunca ter sido implementada por Doria. O presidente questionou qual seria o motivo de se adotá-la no atual momento.

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Bolsonaro então sugeriu que o governador organizasse um passeio de motos com apoiadores, como ele tem feito. "Vê se vai alguém", provocou. O presidente logo ressaltou que não foi responsável pela organização do ato "fui convidado", declarou.

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