Um dia depois de voltar a chamar o novo coronavírus de uma "gripezinha", o presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 21, que reconhece a seriedade do momento e o temor de muitos brasileiros ante à ameaça da doença.
"É meu dever impedir que o pânico tome conta do País, o que complicaria ainda mais a situação. É com esse objetivo, de mostrar que superaremos este obstáculo, que tenho tratado a questão com coragem e tranquilidade. De forma alguma usarei do momento para fazer demagogia", escreveu o presidente em sua conta oficial no Twitter.
Na última sexta-feira, 20, o mandatário voltou a minimizar a pandemia ao tratar a doença como uma "gripezinha". "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar", afirmou o presidente após o Estado questioná-lo, em entrevista no Palácio do Planalto, a razão de ele não tornar público os resultados dos seus exames.
No Twitter, Bolsonaro pediu ainda para que todos os brasileiros sigam as recomendações de saúde com muita serenidade e disse não ter dúvida de que o País vencerá a batalha contra o coronavírus em breve. No último domingo, 15, o presidente descumpriu as orientações médicas de isolamento e foi ao encontro de apoiadores em Brasília.
Diante da confirmação da morte de 18 pessoas pela covid-19, o presidente afirmou que lutará com todas as forças para proteger a nação. "Às famílias que hoje sofrem a perda de seus entes por conta desta epidemia, a minha solidariedade. Essas perdas também são nossas, afinal, somos todos uma grande família."