O presidente Jair Bolsonaro disse que a capacidade de endividamento do País, que é a fonte de recursos para uma eventual prorrogação do auxílio emergencial, está chegando "no limite". "Se você acha que o governo pode se endividar, para dar recurso a você, vai no banco pegar empréstimo. Se não conseguir, pega do agiota, pega do parente. Vai ver a dificuldade não só pra conseguir, mas pra pagar."
Para o presidente, "apesar de alguns governadores e prefeitos fecharem tudo, obrigar a ficar em casa e destruir milhões de empregos", o governo federal conseguiu evitar que "a destruição de empregos formais fosse feita".
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quarta-feira, 26, pelo Ministério da Economia apontam que o mercado de trabalho formal brasileiro registrou saldo positivo de 120.935 carteiras assinadas em abril. E dados da Pnad, divulgados pelo IBGE nesta quinta, mostram que o desemprego atingiu o recorde de 14,7% no 1º trimestre, e País tem 14,8 milhões em busca de trabalho.
Durante transmissão semanal pelas redes sociais, Bolsonaro, sem citar o oponente, dedicou críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à presidência em 2022 após ter tido as condenações suspensas. Pesquisas recentes apontam que, se as eleições fossem hoje, Lula teria ampla vantagem eleitoral sobre Bolsonaro. Para o atual presidente, há "um candidato ladrão que diz que dará R$ 600 de auxílio quando for presidente". "Por que não deu lá atrás, quando foi presidente?", argumentou. Segundo Bolsonaro, Lula não fez transposição de água, mas sim "de grana".
Bolsonaro também disse que reconhece que o preço da carne no País está alto. "O que o governo da Argentina resolveu fazer para diminuir o preço da carne? Resolveu proibir exportação por 30 dias. E você, o que acha dessa medida aí?" disse aos que acompanhavam a transmissão.
"Acham que devo proibir exportação de carne por 30 dias aqui no Brasil também, igual à Argentina, para ver se abaixa o preço? Sabe qual a minha decisão? Não vai ter proibição de nada! É livre mercado. O mercado vai regularizar isso daí", disse. "Se proibirmos, vai ser uma desgraça", argumentou o presidente.
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