Bolsonaro fala em vídeo e não menciona as 500 mil mortes

Presidente vai às redes comentar as buscas por Lázaro Barbosa, mas se cala diante da marca de meio milhão de mortos no Brasil por covid-19

19 jun 2021 - 18h39
(atualizado às 18h55)

O presidente Jair Bolsonaro desejou sorte, neste sábado, 19, aos policiais envolvidos na busca por Lázaro Barbosa, de 32 anos, conhecido como "serial killer do DF". O presidente afirmou que o "marginal" estará, no mínimo, atrás das grades em breve. Em vídeo publicado pelo Twitter nesta tarde, Bolsonaro se ateve a comentar o caso, e não fez nenhuma menção à marca atingida pelo Brasil neste sábado de 500 mil mortes pela covid-19.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa no evento “Cerimônia de juramento à bandeira e entrega de Espadins da turma Almirante Bosisio”, que ocorre na Escola Naval nesse sábado (19), no Rio de janeiro
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa no evento “Cerimônia de juramento à bandeira e entrega de Espadins da turma Almirante Bosisio”, que ocorre na Escola Naval nesse sábado (19), no Rio de janeiro
Foto: Saulo Angelo / Futura Press

"Aos policiais que estão na captura do marginal Lázaro, que tem levado o terror no entorno de Brasília: nós sabemos que esse bandido tem uma certa prática de andar na mata sem deixar vestígio, mas sabemos também que nossos policiais, além da coragem, são tenazes, não descansarão enquanto não cumprir essa missão. Boa sorte a todos vocês e tenho certeza que brevemente o Lázaro estará, no mínimo, atrás das grades. Um abraço a todos", diz o presidente no vídeo.

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O aparato montado pela Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal conta com mais de 200 homens mobilizados nas buscas de Lázaro, que já duram 11 dias. O trabalho se concentra em uma área de matagal no distrito de Girassol, localizado na cidade de Cocalzinho do Goiás (GO), onde seria o último local onde o procurado foi visto. Lázaro está foragido há mais de dez dias acusado de assassinar uma família inteira no Distrito Federal e também de cometer uma série de outros crimes.

Bolsonaro já tinha comentando o caso ao longo da semana. Em transmissão ao vivo na quinta-feira, 17, o presidente usou a situação para defender a flexibilização do porte e posse de armas de fogo no País. Bolsonaro afirmou ainda que "arma é vida" e que as pessoas não têm paz nem dentro de casa.

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