A máscara, item básico de proteção contra a covid-19, deixou de ser um acessório obrigatório dentro do Palácio do Planalto. Na tarde desta quinta-feira, 17, ao dar início a um encontro público com generais das Forças Armadas, o cerimonialista do presidente anunciou que a máscara passou a ser um item "opcional". A declaração foi dada logo após a execução do hino nacional.
"Informamos que o uso de máscara nesta cerimônia é opcional", declarou o servidor do Palácio do Planalto a cerca de 100 pessoas presentes no salão para acompanhar a "cerimônia de cumprimento a oficiais-generais promovidos".
Ao ouvir a declaração, o presidente Jair Bolsonaro ri. Os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa) sorriem claramente após o anúncio, em sinal de aprovação. Ouviu-se risadas também de boa parte dos que acompanhavam o evento. Assim que o anúncio foi feito, muitos tiraram as suas máscaras.
Nesta quarta-feira, durante outra cerimônia realizada no Palácio, Bolsonaro desceu para o salão usando o item de segurança. Hoje, porém, já apareceu sem a proteção. Durante o evento, Bolsonaro agradeceu aos militares pelo "empenho" que fazem na proteção do Brasil contra "ameaças externas e internas".
No fim do discurso, Bolsonaro convidou os militares para conhecerem seu gabinete presidencial. Eles estavam acompanhados de suas esposas. Todos subiram pela rampa do Palácio, para o andar do gabinete presidencial.
O presidente estava acompanhado de sua esposa, Michelle Bolsonaro, além dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa). O vice-presidente Hamilton Mourão também acompanhou a cerimônia.
O uso de máscara é obrigatório no Distrito Federal, conforme decreto publicado pelo governo do DF. O item, desde o início da pandemia, é defendido com a medida mas básica e fundamental para evitar a contaminação e disseminação da covid-19, ao lado do uso regular de álcool em gel.
Bolsonaro, que se recusou a tomar vacina contra a covid-19, já fez inúmeras aparições sem o item. Dentro do Palácio do Planalto, é recorrente o constrangimento de servidores, que temem serem retaliados por usarem o acessório de segurança durante o horário de trabalho e enquanto circulam no local.