O presidente Jair Bolsonaro negou na noite de quarta-feira, 1º, que tenha mudado o tom sobre medidas de combate ao coronavírus em seu último pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na terça-feira, 31. O Estado identificou ao menos seis casos em que o mandatário alterou suas posições sobre o combate à pandemia desde o pronunciamento feito no dia 24.
"Não há mudança de tom quando se fala em salvar vidas após alertar sobre histeria, como sugere determinada emissora. Ela sabe que ambos são problemas coexistentes e que precisam ser combateidos pelo bem-estar do Brasil, mas prefere tentar enganar a população", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
Em pronunciamento na semana passada, Bolsonaro usou a palavra "histeria" para se referir à forma como imprensa e autoridades estavam lidando com a doença.
De "gripezinha" a "maior desafio da geração", o último posicionamento do preisdente sobre a pandemia deixou de lado o discurso pelo fim do isolamento social e os ataques a governadores. Ao contrário, ele pediu "união de todos em um grande pacto pela preservação da vida e dos empregos".
Na rede social, nesta quarta, o mandatário afirmou ainda estar reforçando desde o início da crise o sistema de saúde e dando total apoio aos Estados e Municípios do Brasil para salvar vidas e proteger empregos. No pronunciamento do dia 25 de março, no entanto, ele havia acusado governadores de fazerem "demagogia barata" com a crise, e no dia 27 afirmou que "infelizmente, algumas mortes terão" e seria preciso ter "paciência".