Brasil é último em ranking que analisa reação de países à covid-19

Brasil obteve a nota mais baixa em estudo que avaliou respostas dos governos à pandemia; Nova Zelândia lidera a lista.

30 jan 2021 - 08h43
(atualizado às 09h16)
Em muitos países, incluindo Peru e Brasil (foto), parentes tiveram que fornecer oxigênio para seus parentes doentes
Em muitos países, incluindo Peru e Brasil (foto), parentes tiveram que fornecer oxigênio para seus parentes doentes
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Um estudo que analisou as respostas de 98 países à covid-19 avaliou que o Brasil teve o pior desempenho entre todas as nações do grupo.

Produzido pelo think tank (centro de debates e estudos) Lowy Institute, da Austrália, o estudo levou em conta dados como o total de casos e mortes por covid-19 em cada nação, a oferta de testes e o percentual da população afetada pela pandemia.

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Com base nesses indicadores, os países receberam notas numa escala de zero (pior desempenho) a cem (melhor desempenho). O Brasil recebeu a nota mais baixa: 4,3.

Já a nota mais alta foi a da Nova Zelândia: 94,4.

Os dados de cada país foram compilados ao longo de nove meses a partir da confirmação do centésimo caso local da doença. Foram consideradas informações de até 9 de janeiro de 2021.

De forma geral, países asiáticos foram os mais bem sucedidos na contenção da pandemia, segundo o estudo.

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Nações do Oriente Médio e África também conseguiram frear o avanço inicial da pandemia com medidas preventivas robustas, diz o Lowry Institute. A situação nessa região piorou, mas voltu a se estabilizar na segunda metade de 2020.

Por outro lado, a Europa e as Américas foram duramente golpeadas pela covid-19.

A Europa chegou a ter uma grande melhora em seus indicadores, ultrapassando até mesmo a nota média dos países asiáticos, mas a chegada da segunda onda da pandemia no fim de 2020 derrubou os índices outra vez.

"Lockdowns sincronizados entre o altamente integrado continente europeu suprimiram a primeira onda, mas fronteiras mais abertas deixaram as nações vulneráveis a novos surtos em países vizinhos", diz o estudo.

Trabalhadora da área médica faz uma coleta para testagem de coronavírus no Reino Unido
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

As Américas foram a região mais afetada do mundo.

O estudo também comparou os desempenhos de democracias e regimes políticos autoritários no enfrentamento da pandemia.

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Apesar de diferenças iniciais nos indicadores, as performances de todos os tipos de regimes no enfrentamento do coronavírus convergiram ao longo do tempo, diz o think tank.

"Na média, países com modelos autoritários não tiveram vantagem prolongada na supressão do vírus. De fato, apesar de um início difícil e de exceções notáveis, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, democracias tiveram ligeiramente mais sucesso que outras formas de governo na forma como lidaram com a pandemia no período examinado", afirmam os autores.

O ranking do Lowry Institute é liderado pela Nova Zelândia, seguida por Vietnã (2º), Taiwan (3º), Tailândia (4º), Chipre (5º), Ruanda (6º), Islândia (7º), Austrália (8º), Letônia (9º) e Sri Lanka (10º).

Os últimos da lista são Brasil (98º), México (97º), Colômbia (96º), Irã (95º), Estados Unidos (94º), Bolívia (93º), Panamá (92º), Omã (91º), Ucrânia (90º) e Chile (89º).

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