Brasil registra 1.940 mortes por covid-19 nas últimas 24h

Foi o 15º dia seguido que a média móvel de mortes bateu recorde, o número foi de 1824 neste sábado

13 mar 2021 - 20h18
(atualizado às 20h33)

O Brasil registrou 1940 novas mortes pela covid-19 neste sábado, 13. Pela primeira vez em três dias, o País ficou abaixo na marca de duas mil vítimas do novo coronavírus. Por outro lado, a média móvel de óbitos semanal bateu recorde pelo 15º dia consecutivo e ficou em 1824 neste sábado. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +51%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

No total, o Brasil tem 277.216 de mortos. Já o número de novos casos neste sábado foi de 70.934. Com isso, o País atingiu a marca de 11. 439250 infectados. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.

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Coveiros com trajes de proteção carregam caixão de mulher que morreu de Covid-19, no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo
09/03/2021
REUTERS/Carla Carniel
Coveiros com trajes de proteção carregam caixão de mulher que morreu de Covid-19, no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo 09/03/2021 REUTERS/Carla Carniel
Foto: Reuters

Um ano após o reconhecimento oficial da pandemia, o Brasil vive o pior momento da doença com aumento de casos e mortes em praticamente todas as regiões. Já são 52 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil. O Rio Grande do Sul registrou o maior balanço diário de mortes causadas pela covid-19, com 331 óbitos nas últimas 24 horas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O recorde anterior era de 276 mortes, alcançado na última quinta-feira (11). No Paraná, 97% dos leitos de UTI para tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. Neste sábado, quase um terço das mortes registradas no dia veio da região Sul.

Diante do avanço da pandemia, governadores e prefeitos adotam medidas mais restritivas para conter a circulação de pessoas e evitar a disseminação do acelerada do vírus. Pela primeira vez desde o início da pandemia, Curitiba (PR) adotou o lockdown por nove dias para frear o vírus. No Ceará, as medidas mais restritivas passam a valer em todo o estado.

Boletim quinzenal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira, confirma a gravidade do momento, apontando alta taxa de ocupação de leitos, tendência de avanço nos casos de síndromes respiratórias e elevada participação do País no total de mortes causadas pela doença no mundo. O Brasil é a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Na contagem total de infectados, o País superou a Índia nesta sexta-feira, de acordo com o site Worldometers. No país asiático, porém, os índices de contágio estão em declínio.

O Estado de São Paulo registrou neste sábado 434 mortes por coronavírus. Na cidade de São Paulo, a secretaria de saúde municipal informou que a rede alcançou 83% de ocupação para leitos de UTI.

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O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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