Brasil se torna 2º país com maior mortalidade por covid-19

Cálculo considera o número de óbitos por milhão de habitantes; Itália lidera o ranking

30 abr 2021 - 11h19
(atualizado às 11h25)

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por covid-19 por milhão de habitantes, o chamado de coeficiente de mortalidade ou simplesmente mortalidade. A marca foi atingida nesta quinta-feira, 29, quando o País chegou a 1.887 mortes, superando o Reino Unido (1881). A Itália, primeiro país a sofrer com a pandemia causada pelo novo coronavírus, continua como líder do ranking, com 1996 óbitos por milhão de habitantes. Os Estados Unidos são o quarto colocado (1730).

Brasil tem1.290 mortes e 47.774 novos casos de covid-19
Brasil tem1.290 mortes e 47.774 novos casos de covid-19
Foto: TARSO SARRAF / Reuters

Os dados consideram países com populações superiores a 20 milhões de habitantes e estão presentes nas plataformas Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford (Reino Unido), e Worldometer, que também reúne informações sobre o avanço da pandemia. Dados de países com pequenas populações, como Gibraltar e San Marino, também foram considerados, mas geram distorções estatísticas.

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O cálculo por milhão de habitantes se soma a outros indicadores que demonstram os efeitos dramáticos da pandemia no País. Também nesta quinta-feira, o Brasil ultrapassou a marca de 400 mil mortos por covid-19. O Brasil registrou 3.074 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Com isso, chegou ao total de 401.417 vítimas.

O patamar de mortes cotinua alto - a média móvel diária ficou em 2.523 - e o aumento da mobilidade eleva o risco de as cidades brasileiras observarem uma terceira onda da doença antes que seja atingido um índice significativo de vacinação. Em números absolutos, os Estados Unidos ainda lideram as estatísticas, com mais de 570 mil mortes por covid-19.

Wallace Casaca, matemático e professor da Unesp, explica que o cálculo por milhão de habitantes possibilita comparar países com populações de diferentes tamanhos e, por isso, tornou-se uma das principais métricas epidemiológicas do mundo. "Ele pondera pelo número de óbitos que ocorreram nos países para cada grupo fechado de um milhão de habitantes", diz o especialista, que é um dos responsáveis pela plataforma SP Covid-19 Info Tracker, que projeta infecções, óbitos e recuperados por covid-19 em São Paulo.

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