Brasil tem 92 mortes e 3.417 casos confirmados de covid-19

Ministério da Saúde atualiza números oficiais para esta sexta-feira (27)

27 mar 2020 - 16h41
(atualizado às 16h54)

O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 92 nesta sexta-feira, 27, segundo dados divulgados em plataforma do Ministério da Saúde. Em relação a ontem, houve um aumento de 15 mortes, quando o registrado foi 77 óbitos. O Ministério da Saúde informou que são 3.417 casos confirmados da doença, o que representa 502 novas confirmações em relação à última atualização dos dados da pandemia no País. O índice de letalidade está em 2,7%

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, durante entrevista coletiva sobre o novo coronavírus
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Enquanto a pandemia avança no país e Estados adotam medidas de quarentena, o governo federal lançou uma campanha publicitária chamada "O Brasil não pode parar" para defender a flexibilização do isolamento social. A iniciativa é parte da estratégia montada pelo Palácio do Planalto para reforçar a narrativa do governo em relação à crise envolvendo novo coronavírus, e divulga também medidas que o presidente Jair Bolsonaro considera necessárias para a retomada econômica.

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A medida vai contra recomendações médicas, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde no combate à propagação da covid-19. Especialistas apontam que a quarentena é uma das formas mais eficazes de se evitar a transmissão. Isso porque o contato com alguém contaminado é a principal forma de contágio do coronavírus. No mundo todo, o número de mortes pelo novo coronavírus já ultrapassa 26 mil.

A campanha do governo foi lançada dois dias depois de Bolsonaro convocar a rede nacional de TV e rádio na terça-feira, para defender a suspensão de medidas adotadas na maior parte do País no combate ao coronavírus. O presidente afirmou que autoridades estaduais e municipais "devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa". Também defendeu a reabertura das escolas, com o argumento de que o risco maior da doença é para idosos e pessoas com outras comorbidades (outras doenças). O argumento do presidente é de que o efeito destas restrições na economia do País será a de deixar milhões de desempregados.

O pronunciamento do presidente, em que voltou a minimizar a covid-19, tratando a doença como "gripezinha" e "resfriadozinho", deixou perplexos a comunidade médica e até mesmo aliados políticos.

A OMS já alertou que há risco da doença mesmo entre os jovens. "Vocês não são invencíveis. Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa", afirmou na semana passada o diretor-geral do órgão, Tedros Ghebreyesus.

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Especialistas também apontam o risco de um jovem contaminado com coronavírus, mesmo que não desenvolva os sintomas, possa transmitir o vírus para algum parente idoso, como pais e avós.

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