O Ministério da Saúde informou 921 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas neste sábado (18), atingindo um total de 78.772 desde o início da pandemia. O número de novos casos é de 28.532, o que elevou o total de infecções para 2;074.860.
O consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL levantou, junto às secretarias estaduais de Saúde, 885 mortes e 26.549 casos nas últimas 24 horas. Ao todo, os veículos de imprensa registraram 78.817 mortes e 2.075.246 de contaminações pelo novo coronavírus.
Já o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou neste sábado apontam 884 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 78.735, segundo atualização publicada às 18h.
É a primeira vez em mais de um mês que o número de óbitos por covid-19 notificados num sábado fica abaixo de mil. A última vez havia sido em 13 de junho, quando 892 mortes foram registradas.
O Brasil ainda registrou oficialmente mais 28.796 casos, elevando o total para 2.075.124. Na quinta-feira, o país ultrapassou a marca de 2 milhões de casos, menos de um mês depois de registrar oficialmente o primeiro milhão.
Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.
O Conass não informou o número de curados no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na sexta-feira, 1.321.036 já se recuperaram.
Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a transmissão do coronavírus no Brasil atingiu um platô. Ou seja, o número de novos casos se estabilizou e a curva não está mais subindo como antes.
No entanto, a OMS destacou que ainda não há uma tendência de queda e que é preciso ação política coordenada para que os casos caiam. "O Brasil está ainda no meio da luta. E não há maneira de garantir que a queda vai ocorrer por si", disse o diretor de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos EUA, que acumula 3,67 milhões de ocorrências.
Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 37,5. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo - novamente atrás dos EUA, que acumulam quase 140 mil mortes.
Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 12° - bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (4,78) e o Uruguai (0,93). Na quarta-feira, o Brasil ultrapassou a Holanda (35,73) em número de mortes por 100 mil/hab. Na quinta-feira, foi a vez de passar à frente da Irlanda (36,04).
Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (67,99) e a Bélgica (85,76), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo - no caso britânico, está na casa das dezenas, já a Bélgica tem registrado vários dias seguidos sem mortes.
Na quarta-feira, o Brasil completou dois meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos disparam no país. Foram mais de 62 mil novos óbitos registrados desde que a pasta passou a ser gerida integralmente pelos militares.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, 598 mil pessoas já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 14,1 milhões em todo o planeta.