O que mais preocupa os brasileiros em meio ao avanço do novo coronavírus é a possibilidade de aumento da pobreza. São 74,6% os que se dizem extremamente preocupados com isso, enquanto 68,8% se dizem extremamente preocupados com a possibilidade de colapso do sistema de saúde. Os dados são de pesquisa feita pela empresa de análise de mercado Midas Marketing, e também mostram que a maior parte da população concorda com medidas amplas de isolamento social.
Realizada de forma online entre os dias 30 de março e 6 de abril, a pesquisa contou com 504 respondentes, a maioria da região sudeste. Desses, a maior parte, 62,1%, tem renda mensal da residência superior a R$ 7.900, e 48,4% tem pós-graduação. Foram 62,1% os entrevistados do sexo masculino, com 62,5% dos respondentes entre 41 e 60 anos de idade.
Com a disseminação da covid-19, as maiores preocupações econômico-sociais relatadas na pesquisa são com o aumento da pobreza (74,6% extremamente preocupados) e da violência (70,6% extremamente preocupados), seguidas pela preocupação de haver uma recessão econômica (66,1% extremamente preocupados).
No âmbito da saúde, a maior preocupação é de ocorrer um colapso no sistema brasileiro. Foram 68,8% os que se disseram extremamente preocupados com isso. Logo depois vem a angústia de não ter atendimento médico-hospitalar adequado caso necessário (66,5% extremamente preocupados).
Mais pessoas se disseram extremamente preocupadas com a possibilidade de ter um familiar contaminado do que com a possibilidade de se contaminar: as porcentagens foram de 57,4% e 42,6%, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, 36,4% dos entrevistados já sentiram impactos financeiros decorrentes da crise de coronavírus, como desemprego, diminuição de renda e de receitas. Nos próximos meses, muitos acreditam que a renda mensal em suas residências diminuirá (62,1%), e alguns acreditam que ficarão sem renda alguma (9,1%). Por conta disso, quase todos os entrevistados estão economizando e cortando gastos (84,7%).
Mesmo assim, a maioria se coloca a favor de medidas amplas de isolamento social. São 62,5% os que concordam com o isolamento para todas as pessoas, 36,3% os que concordam com o isolamento somente para grupos de risco, e apenas 1,2% os que discordam do isolamento social.
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