Butantan pode atrasar vacinas e culpa governo federal

Falta de insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da China influencia no cumprimento do cronograma

6 mai 2021 - 08h54
(atualizado às 09h48)

O Instituto Butantan pode atrasar entregas da CoronaVac, vacina contra covid-19 do laboratório chinês Sinovac, ao Ministério da Saúde por falta de insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da China e o presidente da instituição, Dimas Covas, responsabilizou a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro com o país asiático pelo atraso na chegada do insumo.

Presidente do Insttuto Butantan, Dimas Covas, em São Paulo
10/11/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente do Insttuto Butantan, Dimas Covas, em São Paulo 10/11/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em entrevista coletiva para marcar a entrega de uma remessa de 1 milhão de doses da vacina ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do ministério, Covas afirmou que o atraso na chegada do IFA não se deve a problemas na produção da Sinovac, que envia a matéria-prima ao Brasil para o Butantan envasar doses da vacina, mas à demora na autorização de envio pelo governo chinês.

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Na quarta, Bolsonaro insinuou em discurso que o novo coronavírus, causador da covid-19, pode ter sido criado pela China como parte de uma "guerra bacteriológica", nas palavras do presidente. Recentemente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em uma reunião, que ele não sabia que estava sendo gravada, que o coronavírus foi criado na China.

Uma investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que a origem mais provável do novo coronavírus foi um mercado em Wuhan, na China, e que o vírus pode ter passado de um morcego para um outro animal que o transmitiu a humanos.

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