O Instituto Butantan retomou, na madrugada desta quinta-feira, 27, a produção da CoronaVac, vacina contra a covid-19, após receber 3 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) na noite da última terça-feira, 25.
O processo estava paralisado desde 14 de maio por falta da matéria-prima. Agora, mais 5 milhões de doses devem ser entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O prazo para a entrega é de 15 a 20 dias, segundo informou o Butantan. Isso porque a matéria-prima, enviada pela farmacêutica chinesa Sinovac, ainda precisa passar pelos processos de envase, rotulagem, embalagem e por um rígido controle de qualidade.
Devido ao atraso da produção, o repasse de 5 milhões de doses ao Ministério da Saúde corresponde a menos da metade do que as 12 milhões previstas inicialmente para o mês de maio. A expectativa do Butantan, no entanto, é de que seja possível recuperar o cronograma de maio e cumprir o de junho, cuja previsão é de 6 milhões de doses, desde que o IFA chegue mais rapidamente.
Essas remessas fazem parte do segundo contrato do Instituto Butantan com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de 54 milhões de doses ao PNI até setembro. Em 12 de maio, o Butantan já havia cumprido a entrega de todas as 46 milhões de doses da CoronaVac, acordadas no primeiro contrato com o governo federal, mas também houve atraso no cronograma, cuja previsão era final de abril.
No total, serão 100 milhões de doses repassadas ao PNI. De acordo com o Butantan, até o final de setembro uma nova fábrica que está em construção no instituto deve ser finalizada. Com isso, espera-se que, a partir de dezembro, seja possível produzir a CoronoVac sem necessidade de importação da matéria-prima.
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