Nos últimos dias, uma falta de sintonia clara pôde ser percebida nas praias do Rio entre banhistas e o que determina a prefeitura carioca. Na sexta-feira (31), o município liberou o banho de mar, desde que as pessoas não permanecessem nas faixas de areia. Com o tempo bom, muita gente matou as saudades do mergulho, voltou a frequentar as praias urbanas do Rio, mas ignorou a regra.
No sábado (1) e domingo (2), isso ficou mais evidente. Na segunda-feira (3), a situação não mudou. Guardas municipais fizeram vista grossa aos banhistas que se acomodavam na areia antes e depois de ir à agua.
A medida de flexibilização – até então o banho de mar no Rio estava proibido – atende basicamente os moradores que vivem próximos às praias. Eles podem se banhar sem levar apetrechos para a areia e depois regressar para casa com comodidade.
Já os que moram mais afastados do litoral, em sua maioria, teriam de enfrentar viagens de ônibus e de metrô e se contentar, a princípio, em ficar o tempo todo dentro da água, independentemente de o mar estar ou não agitado.
Fontes do Terra ligados à prefeitura do Rio contaram à reportagem que essa flexibilização parcial foi pensada estrategicamente para evitar grandes deslocamentos de banhistas em transportes coletivos da cidade.