A força-tarefa da Casa Branca alertou nesta quarta-feira, 5, que as próximas semanas serão "desafiadoras" na pandemia nos Estados Unidos. Durante entrevista coletiva virtual, autoridades destacaram o aumento recente de casos, hospitalizações e mortes pela doença, diante da variante Ômicron da covid-19, mais contagiosa.
Diretora do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Rochelle Walensky informou que o número de casos teve aumento de 98% na média da última semana, ante a anterior, a 491.700.
A alta nas mortes pela doença foi de 5%, na mesma comparação, a 1.200, e o avanço nas hospitalizações foi de 63%, para 14.800 ao dia. As autoridades estimam que a variante Ômicron represente agora 95% dos casos da doença no país e a Delta, os demais 5%.
Também presente na coletiva, o epidemiologista Anthony Fauci mencionou vários estudos segundo os quais a Ômicron é menos grave em geral do que as cepas anteriores do vírus. Isso vale também para as crianças, notou.
Ainda assim, Fauci advertiu que muito mais crianças estão sendo contaminadas e que uma parcela delas, em geral com problemas preexistentes de saúde, acabará por ser hospitalizada.
Segundo Fauci e Walensky, uma maneira de proteger mais as crianças com até 5 anos é cercá-las de pessoas vacinadas. Além disso, as autoridades reforçaram o papel dos pais para se proteger do vírus, tomando suas vacinas e usando máscaras, a fim de não levar o problema para casa.
Chefe da força-tarefa da Casa Branca, Jeff Zients listou medidas adotadas pelo governo Joe Biden para reforçar o combate à pandemia. Segundo ele, há agora uma demanda sem precedentes por testes de covid-19 e as autoridades trabalham para enviar mais testes pelo país e abrir mais locais para sua realização.
Zients também disse que abrir as escolas e mantê-las abertas é uma prioridade para o governo Biden, no momento atual, e lembrou que segundo especialistas o ensino presencial mostra-se mais eficaz e melhor para a saúde mental das crianças.
Ele informou que 96% das escolas do país estão funcionando, neste momento, e lembrou que a grande maioria dos professores já foi vacinada.