O Cirque du Soleil Entertainment Group entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira, 29, depois que a pandemia de Covid-19 forçou o famoso operador de circo a cancelar apresentações e demitir seus artistas.
A empresa de entretenimento com sede em Montreal, que administra seis shows em Las Vegas, tem tido dificuldades para manter seus negócios funcionando em meio a restrições por causa do coronav
írus que começaram em março, forçando-a a demitir cerca de 95% de sua força de trabalho e a suspender temporariamente as apresentações.
"Com receita zero desde o fechamento forçado de todos os nossos shows devido à Covid-19, a diretoria teve que agir decisivamente para proteger o futuro da empresa", disse o CEO Daniel Lamarre.
A empresa assinou um acordo com seus investidores, o fundo de private equity TPG Capital, a chinesa Fosun International e o fundo de pensão canadense Caisse de depot et placement du Québec, segundo o qual o grupo assumirá o passivo do Cirque e investirá 300 milhões de dólares em apoio para uma reinicialização.
Como parte do investimento, o órgão governamental Investissement Québec fornecerá 200 milhões de dólares em financiamento de dívidas.
Mas é improvável que os credores aceitem o acordo, o que poderia resultar em detentores de dívida existentes com aproximadamente 45% do patrimônio da empresa reestruturada, disse uma fonte familiarizada com as discussões à Reuters.