A decisão de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio por um ano está provocando ansiedade e esperança entre os atletas, depois que a pandemia de coronavírus aumentou a confusão sobre quem poderá se classificar para os Jogos, agora em 2021.
Especialistas jurídicos alertaram para uma "Caixa de Pandora" de ações legais de atletas nos preparativos para os Jogos, já que os órgãos esportivos consideram ajustes nos critérios de qualificação que podem afetar quem ganha e quem perde a vaga.
"Tenho certeza de que haverá acréscimos/subtrações", disse o diretor de comunicações do USA Basketball, Craig Miller, sobre os nomes na lista do 'Dream Team' dos Estados Unidos.
"Por exemplo, eu poderia ver Zion Williamson sendo considerado se ele permanecer saudável e continuar jogando forte", afirmou ele sobre a primeira escolha no draft da NBA de 2019, que joga pelo New Orleans Pelicans.
A Federação Internacional de Golfe utilizará o ranking mundial para determinar as vagas olímpicas. Isso pode ficar muito diferente daqui um ano, potencialmente abrindo as portas para Tiger Woods, que perdeu grande parte da temporada por causa de problemas nas costas.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que Tóquio 2020 tinha 57% de atletas classificados e que estes manteriam suas vagas em 2021.
Para se garantir em Tóquio, muitos atletas ainda precisam atingir índices e/ou acumular pontos de classificação suficientes em competições. Mas as oportunidades para fazê-lo podem ser severamente limitadas pela pandemia.
Isso, adverte o advogado Howard Jacobs, que representa o ciclista Floyd Landis e os velocistas Marion Jones e Tim Montgomery, pode levar a uma série de litígios.