Com 20.500 mortes, EUA passam Páscoa em confinamento

Norte-americanos passaram o domingo em confinamento, com número de vítimas da covid-19 ultrapassando 20.500 mortes

12 abr 2020 - 12h16
(atualizado às 12h52)

Os norte-americanos passaram o domingo em confinamento, com o número de vítimas da nova pandemia de coronavírus nos Estados Unidos ultrapassando 20.500 mortes e mais de meio milhão de casos confirmados no fim de semana da Páscoa.

Jovem casal reza ao nascer do sol no Lincoln Memorial durante o surto de doença por coronavírus (COVID-19) em Washington
Jovem casal reza ao nascer do sol no Lincoln Memorial durante o surto de doença por coronavírus (COVID-19) em Washington
Foto: Jonathan Ernst / Reuters

Com quase todo o país sob ordens de ficar em casa para conter a propagação da doença, muitos se voltaram para os cultos online no dia mais sagrado do calendário cristão.

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"As gerações futuras olharão para isso como a longa Quaresma de 2020, uma época em que doenças e morte de repente escureceram toda a Terra", escreveu o arcebispo Jose Gomez, de Los Angeles, a padres e paroquianos de todo o país, pedindo-lhes que se mantivessem firmes.

"Nossas igrejas podem estar fechadas, mas Cristo não está em quarentena e seu Evangelho não está acorrentado."

Os Estados Unidos registraram o maior número de mortes até hoje causadas pela covid-19, com aproximadamente 2.000 óbitos por dia nos últimos quatro dias consecutivos e a maior parte dos casos ocorrendo na cidade de Nova York e seus arredores.

Mesmo esse número é considerado subestimado, pois Nova York ainda está descobrindo a melhor maneira de incluir um aumento nas mortes em casa em suas estatísticas oficiais.

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À medida que o número de mortos aumenta, o presidente Donald Trump tem ponderado quando o país poderá começar a ver um retorno à normalidade.

As abrangentes restrições a movimentos não essenciais que foram impostas nas últimas semanas em 42 Estados causaram um impacto enorme no comércio e levantaram questões sobre quanto tempo os fechamentos de negócios e as restrições a viagens podem ser mantidos.

O número de norte-americanos que procuraram auxílio-desemprego nas últimas três semanas ultrapassou 16 milhões.

A administração Trump vê o dia 1º de maio como uma data-alvo para relaxar as restrições de confinamento, disse neste domingo o comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos, Stephen Hahn. Mas ele alertou que ainda é muito cedo para dizer se esse objetivo será alcançado.

"Vemos luz no fim do túnel", afirmou Hahn ao programa da ABC "This Week", acrescentando que "a segurança pública e o bem-estar do povo americano têm que vir em primeiro lugar. Isso deve conduzir essas decisões".

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O principal especialista em doenças infecciosas dos EUA disse que estava cautelosamente otimista de que parte do país está começando a ver uma reviravolta na luta contra o surto.

O dr. Anthony Fauci fez neste domingo considerações sobre a área metropolitana de Nova York, que teve seu maior número de mortes diárias na semana passada, juntamente com uma diminuição nas hospitalizações, internações em terapia intensiva e necessidade de entubar pacientes críticos.

"Depois de virar essa esquina, esperamos ver um declínio muito acentuado e começar a pensar em como podemos mantê-lo assim", disse Fauci à CNN.

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